A História da Iluminação em São Paulo

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As mudanças desde a fundação da cidade de São Paulo são incontáveis. As vielas e becos transformaram-se em ruas e avenidas, as antigas casas de taipa de pilão em edifícios, o lampião a gás em luminárias de vapor de sódio. Viaje com a gente pela história da iluminação da cidade:
Lampiões de Azeitelampiao
Em 1830, foi estabelecido o uso de lampiões públicos de azeite na iluminação das ruas. Na época, a vida social começou a se agitar e com a iluminação foi possível as pessoas marcarem encontros na cidade.
Em 1847 a Câmara Municipal de São Paulo decidiu contratar uma fábrica de gás iluminante, obtido a partir do carvão, para iluminar a cidade. Foram instalados 160 lampiões que proporcionaram luz durante cinco anos. Por volta de 1862, Camilo Bourroul, se propôs iluminar São Paulo por 10 anos com azeite fotogênico resinoso.
Gás de Hulha
No ano de 1863, o governo contratou Francisco Taques Alvim e José Dutton, donos de uma empresa que utilizava a iluminação com gás de hulha. Dez anos depois a São Paulo Gaz Company Ltd, iluminou a fachada da antiga Catedral da Sé e do Palácio do Governo, no Pátio do Colégio.
Em 1873, já havia 700 lampiões a gás na cidade, que se multiplicaram e caracterizaram a iluminação pública. Eles permaneceram até 1936, quando os últimos lampiões foram definitivamente apagados.
Luz Elétrica
O primeiro registro de utilização da luz elétrica no Brasil data de 1879, na estação Rio da estrada de Ferro D. Pedro II, quando foram instaladas seis lâmpadas a arco voltaico (velas Jablochkoff), alimentadas por dois dínamos Gramme.
São Paulo continuava crescendo, e a partir de 1899 novas ruas foram abertas e um amplo programa de obras de saneamento e pavimentação de ruas foi realizado, com a iluminação pública acompanhando estas modificações.
No ano de 1905, são instaladas as primeiras lâmpadas elétricas da cidade, na rua Barão de Itapetininga, contratadas da The São Paulo Tramway, Light and Power Company Ltda. Dois anos depois, são iluminadas as ruas do triângulo formado pelas Ruas Direita, 15 de Novembro e São Bento, com 50 lâmpadas de arco fechado.
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Light
O primeiro contrato da Light com o Governo do Estado para Iluminação Pública foi firmado em 1911. Em 1916 ainda havia 8.605 lampiões a gás e 864 lâmpadas elétricas, de arco ou de filamento, na cidade de São Paulo. No ano seguinte foi dado início à substituição das lâmpadas de arco por incandescentes.
Foi, no entanto, com a expansão da economia cafeeira, deslocando o centro exportador do café para São Paulo, que houve um impacto decisivo no processo de urbanização da cidade, gerando a execução de obras que foram acompanhadas novamente pela Iluminação Pública.
A Light alcançou em 1929 o predomínio no setor de Iluminação Pública por eletricidade. Neste mesmo ano assinou um contrato com o Governo do Estado e a San Paulo Gaz Co. Ao longo dos primeiros trinta anos de prestação de serviços, a Light empenhou-se em expandir cada vez mais o uso da energia elétrica.
O morador de São Paulo viu surgir, então, na esplanada do Teatro Municipal, nas ruas e nos jardins públicos, postes simples e ornamentais, diversas modalidades de luminárias, equipadas inicialmente com lâmpadas de arco e posteriormente com incandescentes.
Na década de 30, gestão de Fábio da Silva Prado, a Prefeitura Municipal recebeu a responsabilidade de iluminar a Metrópole. Durante a gestão de Prestes Maia com a abertura de novas avenidas, reformas de outras e planejamento de sistemas básicos de irradiação da cidade, o parque de iluminação sofreu intensa ampliação.
Em 28 de junho de 1966, o Prefeito Brigadeiro Faria Lima, firmou contrato com a Prefeitura de São Paulo e a então Light S.A. Serviços de Eletricidade, tanto para o fornecimento de energia elétrica como para execução dos serviços de manutenção.
Atualmente a concessionária de energia local, a Eletropaulo, é contratada apenas para o fornecimento de energia elétrica, pois desde 2000 a Prefeitura contrata diretamente todos os seus prestadores de serviço para ampliação e manutenção de seu sistema de iluminação pública.
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Atualmente São Paulo é uma das maiores cidades do mundo e sua iluminação é igualmente grandiosa, com cerca de 560 mil lâmpadas, distribuídas através de uma rede exclusiva que cobre uma extensão de aproximadamente 17 mil km, equivalente a distância do Brasil ao Japão, e com um consumo mensal igual a 10% da produção de uma turbina de Itaipu, em torno de 49 GWh.

Com informações da Prefeitura de São Paulo

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