Trocar o piso muda completamente a casa! E como é uma reforma muito visual, as pessoas adoram fazer. Há uma diversidade de tipos de material que podem ser usados: cerâmica, porcelanato, vinílico, carpete, laminado, madeira, pedra, cimento queimado, entre outros.
Seja qual for o tipo de piso que você vai usar na sua casa, é fundamental acompanhar cada etapa da obra para ver se o serviço está sendo executado com qualidade.
Embora cada tipo de revestimento tenha suas formas específicas de instalação, o fundamental sempre é ter um contrapiso bem feito. Se sua casa já tiver contrapiso, que é a base onde o piso é colocado, confira se ele está bom. Se for fazer um novo, preste atenção ao trabalho do pedreiro.
Para ajudar a gerenciar a obra, entenda primeiro como reconhecer um contrapiso bem feito e entenda o que acontece quando o serviço é mal feito.
Contrapiso bem feito: deve ser áspero, regular, sem manchas ou trincas.
Contrapiso ruim: liso, desnivelado, trincando, com manchas e soltando.
Para um bom serviço, o pedreiro deve varrer o chão antes de aplicar a primeira camada (chamada camada de aderência). Depois ele faz a camada de aderência polvilhando cimento e água antes de aplicar de fato a argamassa (que é a mistura de cimento, areia e água).
É preciso que o pedreiro defina a altura que o contrapiso deve ficar (lembrando que ainda vem o piso sobre ele e as portas devem abrir) e marque o nível pra não ficar tudo torto.
Com essas dicas, você vai saber como controlar melhor o momento de fazer o contrapiso. Depois de pronto e seco, o instalador pode começar a colocar o revestimento que você escolheu.
Feito todos esses passos anteriores, veja agora se sua obra está ficando com piso bem feito ou se vem pepino por aí.
Faça os testes a seguir, em cinco fases, conforme o andamento da obra:
1. Para saber se o contrapiso está bem feito
Se só de olhar você repara a base trincada, com manchas ou soltando, o trabalho está ruim e precisará ser refeito para evitar pepinos. Você pode passar a mão no contrapiso. Ele deve estar áspero. Se estiver liso, o piso pode não aderir.
2. Para saber se o piso foi bem colado
Cerâmica ou porcelanato: Dê batidas com a mão no piso. Não pode haver som oco. Se acontecer, o pedreiro deve ter passado argamassa apenas em alguns trechos da peça. Tem que tirar e fazer de novo, espalhando a massa com a desempenadeira por todo o verso da placa de piso.
Piso vinílico ou laminado: Pode ser colado ou encaixado. Se tiver partes soltas ou com bolhas, o problema deve estar no contrapiso que não estava bem nivelado e limpo, e aí tem que refazer. Se em alguma parte faltou cola para fixação mesmo, ai é só substituir as partes com problemas!
3. Para ver se o piso está alinhado
Observe atentamente se as linhas entre os pisos estão paralelas, retas e se o espaçamento entre elas (rejunte) está correto. Para que fique certinho, espaçadores devem ser usados para separar as peças enquanto está o piso está sendo assentado.
4. Para conferir o caimento do piso (áreas molhadas como banheiro, cozinha, lavanderia, garagem)
Depois do piso pronto, jogue água com um balde e veja se ela escorre na direção do ralo. Se ficar empoçada, tem que ver se é só trocar alguma placa ou se é necessário refazer tudo para alcançar um caimento adequado.
5. Para ver se a altura ficou certa
Abra as portas e verifique se todas elas se movimentam sem enroscar no chão. Se a porta estiver enroscando, normalmente se faz um ajuste nela, o que é mais fácil do que refazer todo o piso. Geralmente, pisos cerâmicos, porcelanatos e tacos de madeira são mais espessos. Já o piso vinílico e o carpete de madeira são mais fininhos. Escolha o tipo e adeque a altura do contrapiso.
Para ter um piso bem feito é preciso escolher bem o material e acompanhar de perto todas as etapas da obra. O contrapiso fica escondido, mas é muito importante. Vá pensando nas interferências, planejando o que deve ser feito e fazendo os testes conforme o pedreiro trabalha.
Fonte: Revista ZAP