De todas as residências brasileiras, só 5% estão com a rede elétrica em dia. O número alarmante vem de uma estimativa do Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT). Os problemas nos outros 95% vão desde o mau dimensionamento da estrutura até falhas graves em ligações e aterramentos. O portal Casa.com.br mapeou alguns deles e traçou um guia, que reproduzimos abaixo para você se prevenir:
1) Suas tomadas são de três pinos?
Ainda há quem reclame, contudo a tomada com três entradas (dois pinos + fio terra) realmente oferece mais segurança. Quer a prova? Além de possuir uma calha que impede o contato com as hastes metálicas no momento da conexão, o orifício de aterramento é mais raso – o pino do meio entra primeiro e sai por último, evitando o choque. Embora substituir as tomadas dê trabalho, vale a pena.
2) Sua casa está protegida dos raios?
NO CAMPO | Todo cuidado é pouco. Afastadas umas das outras, as construções acabam suscetíveis a descargas mais fortes. Não dispense um bom aterramento.
NA CIDADE | O raio se dispersa pela malha de edifícios e causa menos estrago. Porém, não se iluda: descargas atmosféricas são muito perigosas em qualquer lugar.
3) Quantos anos têm a sua fiação?
Fios envelhecem. Quando isso acontece, a camada isolante resseca, fragiliza-se e perde as propriedades isolantes. O processo acelera se o sistema estiver sujeito a sobrecargas constantes. Cinco anos é um bom intervalo para revisões preventivas.
4) O que corre por dentro dos seus conduítes?
Está na NBR 5410: condutores de energia pedem um conduíte exclusivo. Já os cabos transmissores de dados (de telefone, internet e TV) podem ficar juntos.
5) Como a energia chega até seu quadro de força?
CASAS | A concessionária entrega a energia e responde por ela até o quadro de entrada (assim como nos edifícios). Dali em diante, os cuidados cabem ao morador.
APARTAMENTOS | Além do quadro individual, que fica dentro de cada unidade, os prédios contam com uma minicentral de distribuição.
6) Qual a bitola dos seus fios?
O cálculo da espessura ideal é feito por um profissional habilitado. Em residências, reina a de 2,5 mm. Equipamentos potentes exigem fios mais resistentes.
7) A tomada de seu eletrodoméstico esquenta?
Conectores aquecidos a ponto de não ser possível tocá-los revelam sintoma de sobrecarga na rede. Condutores velhos ou finos demais para determinado equipamento são os motivos mais comuns. Chame um profissional.
8) Algum equipamento está dando choque?
Não é certo sentir a corrente passando por fora de aparelhos – isso indica que ela não está no caminho certo. O resultado aparece na conta, que vem alta. Faça o teste: tire tudo da tomada e espere 15 minutos. Se o relógio de medição continuar girando, fale com um eletricista experiente para encontrar a origem do vazamento e estancá-lo.
9) Sua caixa de distribuição está à vista?
A caixa de distribuição deve permanecer à vista, sem obstáculos que dificultem o acesso a ela. A portinha requer uma abertura mínima de 90°. Assim, nada de colocar um quadro para encobri-la, combinado?
10) Com0 está sua caixa de distribuição por dentro?
Setorizar os circuitos facilita a manutenção e diminui o risco de sobrecargas. Separar circuitos é bom, mas em alguns casos, isso se torna obrigatório. Chuveiros, torneiras elétricas, máquinas de lavar que aquecem água e afins demandam um disjuntor exclusivo. E mais: os cabos devem ser instalados diretamente na parede, sem aquele acesso livre como o que temos às tomadas convencionais.