A oxidação do ferro é um processo natural, mas que pode ser impedido.
Para extrair o ferro da hematita (seu estado mineral natural), a indústria metalúrgica emprega muita energia. Quando o metal é exposto ao ambiente, já na forma de peças, tende a voltar à sua forma estrutural mais estável e, portanto, menos energética. Para isso, cede facilmente os elétrons da última camada de seus átomos.
O ferro oxidado tem cor alaranjada e densidade reduzida, deixando o metal mais fraco. Isso porque, ao se formar, a ferrugem se esfarela facilmente e deixa a parte debaixo do ferro sujeita a nova oxidação. Essa corrosão é constante e pode consumir o metal todo, se nada for feito para impedir.
Nesse processo, chamado de oxidação, os elétrons livres do ferro são “puxados para fora” por meio da água e se combinam a elementos oxidantes do ar. A reação que ocorre do lado do oxigênio, a chamada redução, acontece assim: ele recebe os elétrons livres e se liga ao ferro, gerando um terceiro elemento, o óxido de ferro.
O jeito mais simples de bloquear a reação é proteger o metal do contato com o ar e água, por meio de tintas ou óleos. Outra opção é cobrir o ferro com uma camada de um metal como o zinco, que tem maior predisposição de perder elétrons. Esse processo é conhecido como galvanização.
Embora seja possível lixar a ferrugem, é mais fácil usar a química. Produtos com ácido fosfórico e álcool etílico neutralizam a ferrugem em fosfato ferroso, que protege contra nova oxidação. Uma saída caseira é usar limão. O suco ácido “rouba” as moléculas de O2 da ferrugem, gerando H2O e um composto de Fe, C (carbono) e H2 (hidrogênio) solúvel em água.
Fonte: Mundo Estranho